quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Cultura de Vitória

Existem muitos motivos para que os Estados Unidos da América sejam hoje a grande superpotência do mundo. Passam pelo sistema político, o capital acumulado, a capacidade de criar valor, os seus recursos naturais, a cultura de imigração entre muitos outros factores.

Existe no entanto um que sempre achei decisivo que é a forma como a cultura empresarial americana lida com o falhanço.

Aqui há uns anos assisti  a uma compilação de imagens famosas de tentativas de criar a primeira máquina voadora (mais pesada que o ar). Vários inventores ou os seus corajosos pilotos de testes sofriam falhanço atrás de falhanço, muitas vezes com resultados desastrosos para a sua saúde e - certamente - também para o seu ego.

À minha volta, um grupo de amigos ria-se com as tentativas estapafúrdias de voo e com o desenho cómico das máquinas.

Dei por mim a pensar se os irmãos Wright terão olhado para as mesmas imagens com o mesmo sorriso ou se eles não terão alternativamente analisado os motivos de cada resultado negativo. Se não terão pensado nos pontos interessantes e criativos que cada uma daqueles invenções e em quais eram os pontos que valeria a pena tentar melhorar.

Todos nós, que nos recusamos a correr riscos da nossa vida deveríamos baixar a cabeça em respeito a todos aqueles que tentaram criar algo novo, que lutaram por uma vida nova, que correram riscos e falharam. Eles estão muito mais próximos dos vencedores do que todos os que nunca arriscaram absolutamente nada em toda a sua vida.

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